Não tenha dúvida: vacine-se

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das dez maiores ameaças à saúde pública são pessoas que não querem ou não sabem se devem se vacinar. Isso causa diminuição da cobertura vacinal e a população se expõe a doenças graves mais que o necessário.

No Brasil, por exemplo, o sarampo era tido como eliminado. Porém, os casos vêm aumentando nos últimos anos. Nas primeiras semanas de 2021, a doença registrou 235 casos. Acredita-se que o desaparecimento da doença fez com que os pais não dessem importância à vacinação das crianças. A tríplice viral, que diminui o risco de sarampo e também de rubéola e caxumba, é uma das vacinas recomendadas no início da vida. Aconselha-se a aplicação a partir dos 12 meses de idade.

Histórico e argumentos

A história da resistência às vacinas confunde-se com a da própria vacina. Começa no fim do século 18, quando um britânico criou a primeira vacina, aplicando-a numa criança saudável. Muitos acreditavam na época que doenças que atingiam os animais atingiriam também os humanos. Já no Brasil, uma publicação portuguesa causou a mesma preocupação em 1808, quando o país ainda era colônia.

Mas a explosão do movimento, acredita-se, veio em 1998. Naquele ano, um médico britânico publicou um estudo que relacionava a vacina tríplice viral ao autismo. Depois, descobriu-se que esse estudo usava dados falsos e tinha informações alteradas sobre os pacientes. Porém, até hoje há pessoas que relacionam o autismo a vacinas em geral, tendo essa pesquisa como base.

Outro argumento usado é que não seria certo tomar mais de uma vacina ao mesmo tempo ou mais de uma dose, pois isso causaria carga extra no sistema de defesa do corpo. Mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou que isso não é verdade, além de defender que várias vacinas ao mesmo tempo evitam a necessidade de se levar a criança ao médico várias vezes.

As doenças ainda existem. Mesmo sem novos casos, elas ainda são possíveis. Por isso, não perca tempo, não tenha dúvida: vacine-se.

Fontes de referência: Prophylaxis, Fiocruz, Conass, Alta Diagnósticos, Seleções, Guia do Estudante

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Sobre o autor

Comunicação Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba

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