10 de maio marca o Dia Mundial do Lúpus. Você sabe o que é?
É uma doença que pode atingir vários órgãos e sistemas do nosso corpo. Entre eles, articulações, pele, rins, sangue, cérebro, coração e pulmões.
Os sintomas
São vários os sintomas do lúpus, que podem variar em cada pessoa e em cada fase da doença. No começo, aparecem sinais comuns, como febre baixa, cansaço, desânimo, perda de peso e de apetite. Depois, vêm os mais específicos. Vejamos alguns deles.
Em até 80% dos casos, ocorrem lesões de pele. São manchas avermelhadas no rosto, que podem aparecer em pessoas muito sensíveis à luz do sol.
As articulações doem muito e podem ficar ou não inchadas. Isso acontece principalmente nas mãos, punhos, joelhos e pés.
Inflamam-se as membranas do coração e pulmão. Daí vêm dor ao respirar, tosse seca, falta de ar e dor no peito.
Entre os órgãos que mais preocupam, estão os rins. Se a doença estiver em um estágio mais grave, ocorrem pressão alta, pernas inchadas e urina espumosa e com sangue. Sem um tratamento bom e rápido, pode vir insuficiência renal, o que pode tornar necessário um transplante.
Há sinais também no cérebro e na mente. Podem aparecer Acidente Vascular Encefálico (AVEs), mudanças de humor e depressão.
Por fim, os impactos no sangue. O lúpus pode destruir as células e causar anemia e outros males.
Por que acontece?
Trata-se de uma doença autoimune, aquela em que as defesas do corpo atacam células saudáveis. Não se conhece bem o motivo disso, mas se sabe que fatores genéticos, ambientais e hormonais podem ser gatilhos.
Por exemplo, mulheres em idade fértil (de 10 a 49 anos) sofrem até 9 vezes mais do que os homens. Existem ainda pessoas que nascem com mais chance de ficarem doentes, e assim fatores como luz do sol, fumo e outros micróbios prejudicam sua imunidade. Assim, a produção dos anticorpos sofre desequilíbrio e eles atacam as proteínas do próprio corpo. Daí vêm inflamações nos órgãos atingidos pelo lúpus.
Como tratar?
O lúpus não tem cura, mas é possível controlá-lo. Para escolher o melhor tratamento, é preciso que se saiba se o estágio é grave e quais os órgãos atingidos. Além dos remédios indicados, é bom evitar o fumo e a exposição ao sol e adotar hábitos saudáveis. Sendo uma doença crônica, o acompanhamento regular com o reumatologista também faz diferença.
O diagnóstico
Para saber se a pessoa tem lúpus, o médico faz análise dos sintomas e de exames em laboratório. Medir o nível de anticorpos no sangue é fundamental. Também o exame de urina pode ajudar no diagnóstico, se sofrer alguma alteração.
Não tenha medo. Procure ajuda.
Fontes de referência: Biblioteca Virtual em Saúde, Alta Diagnósticos, DATASUS, PEBMED