A história de Rubens de Sousa Bello Junior virou um curta-metragem, após passar por dois transplantes na Santa Casa.
A espera de um transplante é sempre um momento angustiante para o paciente e também seus familiares. Não foi diferente na história de Rubens de Sousa Bello Junior, de 53 anos, paciente da Santa Casa de Curitiba, que passou por dois transplantes na vida: o primeiro de um coração e o segundo, um transplante de rim. Este último virou um curta-metragem indicado para a 2ª edição do ISN Community Film Even, que acontece durante o ISC World Congress of Nephrology, em Abu Dhabi, no final do mês de março.
O documentário com duração de sete minutos mostra todo o caminho que Rubens enfrentou, desde as sessões de hemodiálise – três dias por semana e por quatro horas em meia, em média – até meses depois do transplante, quando o filme mostra detalhes do paciente com seus familiares, em especial a esposa Gisele Souza Lobo de Sousa Bello, que participou de todas as etapas desse processo.
HISTÓRIA DE FILME
A história de Rubens começa antes mesmo de receber um diagnóstico e entrar na fila do transplante. Após sofrer um infarto, descobriu que possuía duas cardiopatias e, mesmo após um tempo tratando com medicamentos, precisou de um transplante de coração. Com um novo coração, aos 47 anos, Rubens passou a ter mais qualidade de vida.
Já a notícia da necessidade de um segundo transplante chegou só mais tarde. Em uma consulta com um médico, Rubens percebeu que os rins não estavam mais funcionando perfeitamente, foi quando começou a fazer as sessões de hemodiálise, três vezes por semana em feriados ou não, os dois estavam na Santa Casa durante, em média, quatro horas e meia. Isso durou dois anos. A cirurgia de Rubens ocorreu em 15 de junho de 2019, também na Santa Casa, e além de ter sido um sucesso, virou história em um curta-metragem.
Para ele, a notícia sobre o filme ser indicado atesta o profissionalismo das equipes do Hospital. “A seleção do filme para ser apresentado no Congresso Internacional comprova a qualidade do trabalho realizado pelos profissionais da Santa Casa”, afirma.
O médico responsável pelo Serviço Transplante Renal, dr. Rafael Piné, nefrologista e responsável pela produção do vídeo, reforça que essa indicação enche o serviço de satisfação e orgulho pela relevância do documentário. “E por abrir ainda mais fronteiras para o alcance de um maior número de pessoas que possam ser sensibilizadas sobre este tema”, destaca.
SANTA CASA
A Santa Casa é referência em transplantes cardíacos no Paraná e, recentemente, também tem se tornado referência em transplantes renais no estado, a cada ano que passa, o número de procedimentos realizados aumenta. Além de transplantes cardíacos e renais, a Santa Casa também realiza transplantes de tecidos, como as córneas e enxertos ósseos. Vale destacar que para a realização do transplante, quando o paciente já é falecido, apenas a família pode autorizar a doação, por isso é tão importante conversar com os familiares sobre a intenção.
Dr. Piné conta que a história do paciente sempre foi bastante especial para a equipe médica e assistencial do hospital. “Pois, até então, nenhum paciente transplantado cardíaco havia sido submetido a um transplante de rim no estado do Paraná. Desde o início nós julgamos que esse caso deveria ser registrado e divulgado”, comenta.
Ele ainda explica que uma parte significativa dos pacientes que estão em Hemodiálise apresenta doenças cardíacas graves e, por isso, boa parte destas pessoas acaba sendo desencorajada a seguir no preparo para o transplante, muitas vezes fechando as portas para esta alternativa. “Este caso é emblemático neste sentido para reforçar que todos os pacientes que fazem qualquer tipo de terapia dialítica podem ter seu acesso facilitado aos serviços de transplante em fases precoces do seu tratamento e também conscientizar a população sobre a diferença que a doação de órgãos pode promover na vida de uma pessoa”, finaliza.
Saiba mais em: Paciente da Santa Casa passa por dois transplantes e destaca a importância da doação de órgãos