Você sabia que o HIV, o vírus que causador da aids, sofre menos mutações que o da Covid-19? Mas, por que isso acontece, se o HIV está em circulação há muito mais tempo? E por que alguns vírus mudam mais que outros? Vamos descobrir.
Todos os seres vivos sofrem mudanças ao longo do tempo. No caso dos vírus, elas mudam com o objetivo de se adaptar ao ambiente em que estão.
A diferença genética
A primeira diferença a se observar é o material genético. Em geral, os vírus com material formado por RNA passam por mais mutações do que aqueles em que ele é composto por DNA.
Por exemplo, o SARS-CoV-2, vírus da covid-19, tem material de RNA. Isso é uma grande vantagem para ele, pois as mutações podem ajudá-lo a criar formas de escapar das defesas do corpo humano.
Porém, repare que o HIV é uma exceção. Ele faz parte de um grupo de vírus que têm material de RNA, mas carregam uma enzima que transforma o RNA em DNA. Por isso, é um exemplo de vírus que não sofre tanta mutação quanto outros.
A diferença na transmissão
É importante também perceber os meios de transmissão de cada vírus. Enquanto o HIV tem a relação sexual como meio principal, o SARS-Cov-2 se espalha pelo ar, e por isso tem maior nível de transmissão e mutação.
Troca de hospedeiro
Vírus de RNA têm alta capacidade de infectar diferentes espécies. O SARS-Cov-2, por exemplo, tem um grande número de genes que facilitam que ele se multiplique. Daí sua rápida transmissão de morcegos para humanos.
Já o influenza, causador da gripe, possui 8 segmentos independentes de RNA. Cada um deles carrega diferentes tipos de proteína. Isso torna mais fácil que o vírus se mude de uma espécie para outra. Pode começar com uma ave, depois ir para um porco e finalmente se instalar no corpo humano.
Agora que já sabe, se aparecer algum surto ou epidemia, fique de olho. Não deixe de se cuidar!
Fontes de referência: VivaBem, Toda Matéria