Mitos e verdades sobre a doação de sangue

O índice de doação de sangue no Brasil é menor do que 2% da população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o ideal é que 5% dos habitantes realizem as contribuições. Além disso, de acordo com estudos da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), brasileiros doam menos do que moradores de países como Argentina, Uruguai, Cuba e Estados Unidos. As dúvidas recorrentes em relação a este tema são uma das explicações para essa baixa proporção.

Desta forma, em uma perspectiva geral, inúmeras pessoas deixam de contribuir por não possuírem conhecimentos sobre as campanhas de doação. Ou seja, a falta de incentivo e a ausência de políticas governamentais impedem o aumento de sangue nos estoques. Sendo assim, neste mês de conscientização, Junho Vermelho, apresentaremos esclarecimentos sobre as doações de sangue.

Mitos e verdades sobre a doação de sangue:

1 – Doar sangue transmite doenças. ❌
Essa afirmação é um mito, pois a coleta é realizada com materiais esterilizados e descartáveis, eliminando o risco de transmissão de doenças.

2 – É possível doar sangue diversas vezes por ano. ✅
Essa afirmação é verdadeira. A única observação é respeitar o intervalo de 2 meses para homens e 3 meses para mulheres.

3 – Quem tem tatuagem não pode doar sangue. ❌
Essa afirmação é um mito. Se a tatuagem foi realizada em local autorizado pela vigilância sanitária e há mais de 6 meses, é permitida a doação.

4 – Os doadores podem ter descontos em cinema, shows e eventos. ✅
O direito à meia-entrada é garantido por legislações estaduais e municipais. No Paraná, por exemplo, a Lei Estadual nº 13.964/2002 assegura esse benefício.

5 – Mulheres não podem doar sangue enquanto estão menstruadas. ❌
Essa frase é um mito. Realizar a doação não altera o ciclo menstrual nem enfraquece a mulher.

6 – Qualquer tipo sanguíneo pode doar sangue. ✅
Essa frase é verdadeira. Os principais tipos sanguíneos (A, B, AB e O) podem contribuir. Incluindo o fator RH, são 8 tipos (A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-).

7 – É preciso estar em jejum para doar sangue. ❌
Essa afirmação é um mito. A fim de evitar fraqueza, é necessário estar alimentado. Porém, é importante evitar alimentos gordurosos 3 horas antes da doação.

8 – O hemocentro pode negar uma doação sanguínea. ✅
Essa frase é verdadeira. O hemocentro pode recusar a doação se o doador não atender aos critérios de segurança e saúde. Essas normas são estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

9 – Doar sangue pode aumentar o risco de anemia. ❌
Essa afirmação é um mito. A doação de sangue é feita de forma controlada e o organismo repõe rapidamente os componentes do sangue.

10 – Uma única doação é capaz de salvar até 4 vidas. ✅
Essa frase é verdadeira. Uma única doação pode ser separada em até quatro componentes (hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitados), atendendo diferentes pacientes.

Pessoas que estão aptas para doar e possíveis empecilhos

As doações de sangue podem ser realizadas por indivíduos de 16 a 69 anos com boa saúde. Esta é uma perspectiva geral, pois existem alguns possíveis empecilhos momentâneos. Indivíduos com febre, gripe e gravidez não podem realizar as doações. A realização de tatuagens nos últimos 6 meses e possíveis relações sexuais com risco nos últimos 12 meses também impedem as doações.

A relação entre as doações de sangue com a realização das transfusões

A transfusão sanguínea é realizada em vários setores do hospital. Em 2024, foram realizadas aproximadamente 5 milhões de transfusões de sangue. Praticamente 100% desses procedimentos foram realizados com doações. Sendo assim, é evidente a importância deste ato de solidariedade.

Entretanto, dentro dos setores hospitalares que utilizam as doações, podemos citar 5 com maior necessidade: pronto-socorro (acidentes graves, traumas e hemorragias), centro cirúrgico (cirurgias de grande porte, como cardíacas e neurológicas), oncologia (pacientes que fazem quimioterapia), maternidades/obstetrícia (pacientes que sofreram complicações no parto) e UTI (pacientes gravemente enfermos).

Compartilhe:

Sobre o autor

Comunicação Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba

O setor de Comunicação e Marketing da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba é responsável pela gestão dos canais oficiais das unidades administradas.

Com uma equipe multidisciplinar e especializada, periodicamente publicamos conteúdos de saúde e bem-estar para a população.

Você também pode gostar destes