Algumas doenças são classificadas como zoonóticas virais, ou seja, são transmitidas de animais para seres humanos. Isso pode ocorrer através do contato com um animal infectado ou do consumo de carne contaminada, o que pode levar à infecção entre as pessoas.
A varíola do macaco, ou monkeypox, é uma zoonose de origem silvestre, provocada por um vírus capaz de infectar tanto macacos quanto seres humanos. Embora o nome da doença sugira uma associação direta com macacos, a transmissão não ocorre através desses animais, como frequentemente se pensa. Os principais suspeitos como reservatórios do vírus são pequenos roedores, como os esquilos, encontrados nas florestas tropicais da África, especialmente nas regiões Central e Ocidental.
O primeiro caso documentado de varíola do macaco em um ser humano foi registrado em 1970, quando uma criança na República Democrática do Congo foi infectada. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera também os roedores, como ratos, como animais que podem ser suscetíveis a esse tipo de varíola.
Recentemente a varíola dos macacos anda preocupando as autoridades de saúde de todo o mundo, por conta do significativo aumento da doença em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas no ano de 2024 foram registrados mais de 14 mil casos da doença até o momento e levou 524 pessoas a óbito.
Transmissão
A transmissão da varíola dos macacos acontece principalmente por meio do contato direto entre pessoas, seja pela pele ou por secreções, além de exposições próximas e prolongadas a gotículas e outras secreções respiratórias. Lesões, úlceras ou feridas na boca também podem ser fontes de infecção, pois o vírus pode ser passado pela saliva. A infecção ainda pode ocorrer pelo contato com objetos que tenham sido contaminados recentemente, como roupas, toalhas, lençóis ou utensílios e pratos.
Os sinais e sintomas geralmente incluem:
- Erupções cutâneas ou lesões na pele;
- Adenomegalia-linfonodos aumentados (ínguas);
- Febre;
- Dores no corpo;
- Dor de cabeça;
- Calafrios;
- Fraqueza.
Tratamento
Segundo a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da mpox. Normalmente, os sintomas tendem a desaparecer por conta própria, sem necessidade de intervenção. O foco deve ser otimizar a atenção clínica para aliviar os sintomas, gerenciar complicações e prevenir consequências a longo prazo. É fundamental cuidar das erupções cutâneas, permitindo que sequem naturalmente ou cobrindo-as com um curativo úmido para proteção, se necessário. Deve-se evitar tocar em feridas na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser utilizados, desde que sejam evitados produtos com cortisona.
Para mais informações e agendamentos relacionados à monkeypox, entre em contato com a Santa Casa de Curitiba pelo telefone: (41) 3320-3500.
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