Hospital oferece ambulatório e ala de internamento exclusiva para pacientes com obesidade mórbida.
Referência em cirurgia bariátrica, a Santa Casa de Curitiba inaugurou, em 2010, um ambulatório exclusivo para o tratamento da obesidade mórbida. O ambulatório funciona na Rua Rockefeller, nº 1450, e atende, em média, 120 pacientes por semana, em fase de pré e pós-operatório.
A inauguração do Ambulatório consolida a excelência da Santa Casa de Curitiba no tratamento da obesidade. O Hospital é o único do País que oferece uma ala de internamento exclusiva para esse tipo de paciente, com 13 leitos totalmente adaptados. Atualmente, são realizadas cerca de 50 cirurgias de redução do estômago por mês, o maior volume de procedimentos do País.
Segundo o cirurgião bariátrico Alcides José Branco Filho, o maior benefício do ambulatório é oferecer aos pacientes todas as especialidades médicas envolvidas no tratamento da obesidade mórbida e na preparação do paciente para a cirurgia. “O tratamento da obesidade mórbida é considerado um procedimento de alta complexidade por envolver várias outras patologias, como cardiológicas e ortopédicas. A obesidade também provoca o agravamento da diabetes e o surgimento de doenças respiratórias”, explica.
O médico afirma que a vida social também sofre grande impacto. Por isso, além de cirurgiões do aparelho digestivo, cardiologistas, endocrinologistas, anestesistas e nutricionistas, o ambulatório disponibiliza psiquiatras e psicólogos, antes e depois da cirurgia. Segundo Branco Filho, o acompanhamento médico é importante antes e após a cirurgia, pois de 20% a 30% das pessoas voltam a engordar. “O principal problema da obesidade está na cabeça da pessoa, depois vem o estômago. Por isso, é necessária toda uma estrutura para que a cirurgia dê o resultado esperado”.
Referência – Além da estrutura exclusiva que disponibiliza para os pacientes com obesidade mórbida, o Hospital possui mais de dez anos de experiência em cirurgia bariátrica com o uso da videolaparoscopia, que possibilita uma cirurgia minimamente invasiva. São mais de três mil cirurgias de redução do estômago realizadas com a técnica, que tem como vantagem o menor tempo cirúrgico e de internamento, menos dor e melhor resultado estético.
Estima-se que 30% da população brasileira seja obesa. A indicação para a cirurgia bariátrica, no entanto, obedece a critérios como idade entre 18 e 65 anos, ser obeso mórbido por no mínimo dois anos e possuir Índice de Massa Corpórea (IMC) de 35 a 40 com doença associada (diabetes, hipertensão arterial, dispnéia do sono, entre outros) ou IMC acima de 40 sem doença associada.
O tipo de cirurgia depende de cada caso. O cirurgião bariátrico Luis Sérgio Nassif explica que pode ser indicado um procedimento de diminuição do tamanho do estômago (chamada restritivo), desvio intestinal (disabsortivo) ou misto, com a utilização das duas técnicas. A perda de peso pode chegar a 50% em um ano.