Rim: o órgão que merece mais atenção na sua rotina de saúde

No decorrer do mês de março acontece a campanha Março Vermelho, com foco na conscientização sobre o câncer de rim. Quando observamos os números referente a doença, o sinal de alerta aparece.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 o câncer de rim afetou cerca de 431 mil pessoas em todo o mundo. Neste período o Brasil registrou 12 mil casos e a perspectiva é que até 2040 esses números aumentem, chegando a 66 mil casos em todo o mundo e 19,7 mil caos no Brasil.

As estatísticas sobre a doença são alarmantes, já que ao realizar exames de sangue é possível detectar qualquer mudança na função renal e quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de cura.

Os rins são órgãos do sistema urinário, mas também possui outras funções em nosso organismo, como monitorar o controle de substâncias em nosso sangue.

Estrutura dos rins

Os rins apresentam uma aparência semelhante à de duas sementes de feijão, sendo encontrados no nosso corpo atrás do peritônio parietal, junto aos músculos da parede abdominal posterior e acima da cintura. O rim humano apresenta cerca de 10 cm de comprimento.

Cada rim é envolvido por três cápsulas, onde recebem os seguintes nomes verdadeira, gordura perirrenal e fáscia renal. A cápsula verdadeira é uma membrana fribosa que fica colada à superfície do órgão.

Entre a ligação do rim aos tecidos ao redor encontramos a fáscia renal, é uma fina camada fribosa. A gordura perirrenal está localizada entre a fáscia e a cápsula verdadeira.

O rim possui uma parte arredondada e outra em forma de concavidade, sendo que nessa última área há uma abertura denominada hilo. É através do hilo que passam os vasos sanguíneos, os nervos e os ureteres. Ele é composto por uma região central mais escura (medula) e uma região periférica mais clara (córtex). Essas duas áreas são irrigadas pela artéria renal e drenadas pela veia renal. Além disso, há a pelve renal, que coleta a urina. A pelve se divide em direção à medula, formando cálices maiores e menores.

Na medula renal, podemos observar as pirâmides renais, estruturas em formato cônico. A base de cada pirâmide está voltada para o córtex, e o ápice termina em uma papila que se abre para o cálice menor. O córtex se estende desde a cápsula verdadeira até a base das pirâmides renais, e também é encontrado entre essas estruturas, formando as colunas renais. Os néfrons são as unidades funcionais do rim, onde ocorrem a filtração do sangue e a produção da urina. Cada néfron é composto por um corpúsculo renal e um túbulo. O corpúsculo consiste em um emaranhado de capilares (glomérulo) envolto por uma estrutura chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman. A partir dessa cápsula surge um longo túbulo, chamado túbulo nefrônico, que pode ser dividido em: túbulo contorcido proximal, alça de Henle (também conhecida como segmento intermediário) e túbulo contorcido distal. Em cada rim, existem aproximadamente de 600 mil a 800 mil néfrons. Alguns autores inclusive sugerem que esse número possa chegar a 1 milhão.

Função do rins São responsáveis por garantir o controle de sais nos tecidos e células, ou seja, o órgão é responsável de retirar de nosso corpo toda substância que se encontra em excesso em nosso corpo, garantindo assim a homeostase dos líquidos corporais.

A retirada destas substâncias acontece por meio de nossa urina, caso exista algum problema nesta filtração realizada pelos rins, pode ocorrer o risco de desenvolver alguma doença renal.

Doenças

Existem vários sintomas que indicam que algo possa estar prejudicando o funcionamento do órgão, como: dor lombar, no abdômen ou dos lados do corpo, febre inexplicável por algumas semanas, perda de peso rápida e sem explicação, cansaço, inchaço dos pés e das pernas, massa palpável dos lados do corpo ou na região lombar e hipertensão arterial de difícil controle.

Conheça alguma das principais doenças de rins:

Cálculo Renal

Conhecida popularmente como pedra nos rins, sendo o resultado de acúmulo de algumas substâncias, como o cálcio e cistina, localizados no canal urinário e dentro dos rins. O cálculo renal pode surgir por questões hereditárias, uma alimentação inadequada e pela falta de consumo de água adequados.

Insuficiência Renal Aguda

A insuficiência renal aguda é marcada pela súbita perda da função renal, geralmente resultante de outras condições de saúde. Esse tipo de insuficiência pode ser revertido, mas em certos casos, pode ser letal.

Insuficiência Renal Crônica

É marcado pela deterioração gradativa e irreversível da função renal. Quando os rins perdem entre 85% e 90% de sua capacidade, a condição é conhecida como insuficiência renal crônica terminal. Diante disso, o paciente precisa iniciar tratamentos, como a hemodiálise.

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Sobre o autor

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